A história da produção de papel e celulose remonta a tempos remotos e sofreu desenvolvimentos significativos ao longo dos séculos.

As origens da fabricação de papel podem ser rastreadas até a China durante o início do século II aC. Os chineses usaram vários materiais como cânhamo, amora, bambu e fibras de seda para criar a primeira forma primitiva de papel. Esse processo inicial de fabricação de papel envolvia macerar as fibras, formar uma polpa e depois pressioná-la em folhas para escrita e outros usos.

A arte da fabricação de papel acabou se espalhando para outras partes do mundo através da Rota da Seda e outras rotas comerciais. No século 8, a fabricação de papel chegou ao mundo islâmico e, de lá, chegou à Europa no século 12, onde se tornou um meio vital para espalhar conhecimento e informação.

Durante séculos, a produção de papel permaneceu um processo trabalhoso e demorado, usando técnicas manuais como estamparias e moldes manuais. No entanto, durante o século 19, avanços significativos revolucionaram a indústria. A invenção da máquina Fourdrinier em 1803 pelos fabricantes de papel britânicos Henry e Sealy Fourdrinier revolucionou a produção de papel. Esta máquina automatizou o processo, tornando-o mais eficiente e permitindo uma produção em maior escala.

Em meados do século XIX, o uso da polpa de madeira como matéria-prima para a fabricação de papel ganhou popularidade.

O desenvolvimento do processo de polpação mecânica na década de 1840 e do processo de polpação química na década de 1850 permitiu a produção em massa de papel a partir de fibras de madeira. Essa transição de fibras tradicionais como algodão e linho para polpa de madeira reduziu significativamente o custo de produção de papel e aumentou a disponibilidade.

O século 20 testemunhou novos avanços na tecnologia de produção de papel e celulose. A introdução de máquinas de papel de alta velocidade, o uso de aditivos químicos para melhorar as propriedades do papel e os avanços nas técnicas de reciclagem contribuíram para o crescimento e a sustentabilidade da indústria.

Hoje, a produção de papel e celulose tornou-se uma indústria global, atendendo a diversas necessidades, como impressão, embalagem, escrita e produtos de higiene. As preocupações ambientais levaram a um maior foco em práticas sustentáveis, reciclagem e desenvolvimento de fibras alternativas. A indústria continua a evoluir, buscando formas inovadoras de reduzir sua pegada ecológica enquanto atende à crescente demanda por produtos de papel no mundo moderno.