Liderança – Marcelo Jabur – Aprender e Ensinar
05/12/2017 – Como já abordado no capítulo anterior, a capacidade de “aprender em equipe” é um componente indispensável para a aprendizagem organizacional. É certo que tudo o que aprendemos, aprendemos com outras pessoas. Seja lendo um livro, assistindo a uma palestra ou em um bate-papo informal, sempre adquirimos coisas novas a partir do contato com o outro.
Mas são imperativas duas posturas para que a aprendizagem em equipe tenha êxito:
1) Prontidão para doar e
2) Abertura para receber.
O primeiro tópico identifica a importância em compartilhar com as pessoas aquilo que temos em termos de conhecimentos e experiências. Quando procuramos transferir conhecimento às pessoas, contribuímos ativamente para a evolução da equipe. Da mesma maneira, é exigida a abertura (e humildade) para receber das pessoas o conhecimento que elas podem nos ofertar.
Fechar-se para o novo (ou diferente) em razão de não concordar, entender-se como “super conhecedor da matéria” tendo a arrogância dominando nossas ações, não ajuda em nada a evolução pessoal e do grupo em questão. Por mais experientes que sejam os profissionais envolvidos na equipe ou na empresa, eles sempre poderão aprender com outras pessoas. Bloquear-se para essa possibilidade leva, invariavelmente, ao empobrecimento pessoal e da equipe como um todo.
À medida que respeitamos as opiniões distintas e nos colocamos no lugar do outro para compreender melhor a razão de suas preferências, nos enriquecemos muito porque aumentamos nosso repertório.
Se nos abrimos para a forma como o outro componente da equipe, o gestor ou o cliente enxergam a situação, aumentamos a quantidade de alternativas para escolhermos nosso melhor caminho. Quanto maior o repertório, maior a chance de tomarmos a decisão correta, em qualquer situação.
Da mesma forma, manter o princípio de doar aos outros as informações que devem auxiliá-los na melhoria das práticas (profissionais e pessoais), é fundamental para construir um grupo que cresce continuamente.